sábado, 11 de dezembro de 2010

Belenzinho

     Era noite e estava voltando pra casa de bicicleta por ruas movimentadas, rápidas e  bem largas. Estava com medo pois estava escuro e o movimento de carros era grande e de pessoas zero. Ia na contra-mão no canto da rua, até que máquinas enormes e assustadoras começaram a surgir nas ruas. Eram máquinas programadas para fazer a limpeza e reparos no asfalto. Era realmente assustador! Eram enormes, pretas e faziam muito barulho. Se movimentavam bem rápido e rodiavam, rodopiavam, tudo possível.
     Comecei a ir cada vez mais para o canto da rua, mas de repente tive que subir na calçada com medo de ser esmagada por alguma dessas máquinas. Reparei então que não eram tão perigosas, pois tinham censores de objetos, então quando se aproximavam de um carro que passava do lado elas iam para outro lado. Isso se ainda tinha algum carro, pois todos entraram em outras ruas com medo das máquinas. Era como se toda noite tivesse essa manutenção, pois era muito tarde e as pessoas já deveriam estar em casa.
     Pedalei o mais rápido que pude e entrei numa rua conhecida onde era uma descidona. Parei em um telefone público para ligar pra casa mas não funcionava. Encontrei então um rapaz simpático que perguntou o que estava havendo e descobri que ele era o verdadeiro Ari Clenes (do tititi) e achei o máximo! Conheci outras pessoas as quais os personagens da novela foram inspirados por, e percebi que estava na Vila da novela. 
     Então deduzi que estava segura com aquele pessoal acolhedor e que podia ficar mais calma. O Chico me emprestou o celular e liguei para casa contando o que passei e que estava bem com o verdadeiro pessoal do tititi, e expliquei pra minha irmã como ir me buscar.
      Mas minha irmã sofria de esquizofrenia e falava coisas do tipo "agora sou a cinthya", ou "agora não sou mais a cinthya". Quando ela não era ela, insistia em me estrangular. Eu ficava desesperada e quando ocorria eu queria correr para longe contar pros meus pais.. mas quando ela me soltava eu ficava com medo de me atacar de novo e não fazia nada. Era horrível e foi só ela voltar ao "normal" para eu dizer algo que a irritou e ela novamente agarrou as mãos no meu pescoço.
     Acordei ....

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