quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tudo se transforma com magia!

     Vesti meu uniforme e fui pra escola que estudei quando pequena. Tudo bem que eu era muito maior que as crianças mas ninguém pareceu me notar. Na sala as cadeiras estavam dispostas para assistir alguma palestra e me sentei ao lado da professora, que acabou apertando no banco e ela reclamou e sentou em outro lugar. Depois fui conversar com ela, acho que para pedir desculpas e ela perguntou quem eu era. Quando disse que fui lá para matar saudades da escola ela disse: "Achei que vc era eu!". (hein?)
     Passei a frequentar a escola mais vezes, levando amigas e irmã. O ambiente se confundia com várias escolas e até com a faculdade. Até que um dia teve uma apresentação especial com shows e desfiles e era num auditório muito grande. A maior espera era pelas Chiquititas. Quando elas finalmente entraram e fizeram o show igualzinho como era antes o povo vibrou inclusive eu, e o Júlio ficou do meu lado rindo e me zoando.
     Depois, era a vez do show da Angélica, que era minha amiga e estava sentada ao nosso lado, foi aí que me liguei que ela era a namorada do Júlio! Deu um ataque de estrelismo na coitada e ela insistia em fazer o show com um saco na cabeça (tipo sacola de lixo bem comprido) mas a produção não deixou. Então em homenagem a ela, o Júlio colocou o saco pra "ver" o show. Claro que eu não deixei.
     Quando ela voltou toda animada, era só eu batendo palmas e incentivando, nem o Júlio falou nada.. aí quando ela não tava ouvindo eu disse: "vc que é o namorado dela devia tar aplaudindo em pé!!" e ele: "eu não, ela canta mal pra caramba, que voz horrível", então eu entendi o pq do saco na cabeça!
     Nessas idas à escola que agora já tinha mais virado um cursinho, passamos a frequentar eu e o Júlio. Fizemos alguns amigos e em um momento eu briguei com um deles pois no elevador ele agarrou minha amiga que tem namorado. Acabei ficando de cara com os dois, pois tb era bem amiga do namorado dela, e achei que eles o traíram.
     Então eu fui embora braba e nessa acabei encontrando uma amiga da infância que nunca mais nos falamos, e das últimas vezes também não nos demos muito bem. Ela achou que eu tava a seguindo e veio tirar satisfações. Então expliquei a historia da traição da amiga e ela compreendeu, virando meio que minha amiga novamente.
    No dia seguinte o Jú não apareceu mais para a aula e eu fiquei ansiosa e preocupada.. então o que era meu amigo e agarrou minha amiga (agora ex tb, pq tava braba que ela deixou) veio dar em cima de mim. Então briguei mais ainda com ele e fui andar na praia. Era um cenário maravilhoso, acho que na hora eu pensava que era Búzios. Então fui pro ap (que é em Caiobá) e minha família estava lá, inclusive o Jú arrumando as coisas dele, dizendo que minha tia o chamou pra ir pra Florianópolis e eu fiquei morrendo de inveja de não terem me chamado também! Mas não reclamei nem pedi pra ir, porque logo compreendi que deveria estar na aula e então já deveriam ter fechado os lugares no carro.
     Fiquei reclamando que não tinha com quem ir na praia,até que minha irmã disse pra ir com ela, mas no meio de seus amigos tinham pessoas que eu não gostava então optei por ir sozinha mesmo. Na rua, agora Vancouver, encontrei a Fernanda e estava chovendo (é claro). Fomos em uma loja que já tinha ido e as malas de viagem estavam em promoção, mais baratas do que eu esperava, mesmo em dólares. Cada uma comprou duas e saímos correndo na garoa, até que a Fer na minha frente entrou em um carro estacionado que parecia ter uma atriz da Globo sentada no banco de trás.
     Não queria entrar sem conhecer, mas como ela já estava sentada junto, sentei no banco do motorista. A atriz permitiu que pegassemos uma carona e eu podia dirigir. O carro era bem diferente do que estou acostumada mas assim que peguei o jeito me vi sentada no banco ao lado e quem dirigia agora era Meryl Streep (falando do jeito da personagem Julia Child) que explicava que naquele local era muito fácil de dirigir e se achar.
     Quando voltei ao apartamento, as minhas malas que tinha acabado de comprar já estavam lá com minhas coisas dentro e eu olhava pra elas de uma forma preocupada, como se eu tivesse que deixá-las lá porque algo iria acontecer e não teria como eu resgatá-las, mas dequalquer forma eu sabia que voltaria no ano que vem e as buscaria.
   

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