quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Country'n Beans

     Andando por Santa Paula em Ponta Grossa, procurava a casa da minha avó. Como ela havia se mudado, estava difícil de encontrar e ficando tarde. Nessa hora circulavam pessoas estranhas e suspeitas então resolvi ir embora por um caminho que parece o condomínio Monteiro Lobato também em PG. Voltando pro começo das casas até passar pelo portão é que vi a casa da minha avó: grande de dois andares, que parecia mais uma construção, tinha até um chuveiro na frente do portão. Mas estava tarde então achei melhor passar outra hora.
     Chegando no portão, duas moças bonitas ficavam de segurança uma de cada lado, e quando fui passar elas fecharam na minha cara dizendo "hora de fechar o portão, só abre de manhã" então disse "Ei, peraí vocês me viram andando desde lá de baixo, só porque cheguei no segundo de fechar vcs fecham na minha cara?", aí elas abriram numa boa, mas fecharam novamente na cara de um homem que vinha logo em seguida, e esse ficou preso por lá.
     Passando desse ponto era Vancouver e estava de dia. Com minha filmadora na mão gravava tudo, até que uma apresentação de algo num rio grande que parecia uma piscina me chamou a atenção. A Djéssica estava comigo assistindo. Me desiquilibrei e caí na água com as mãos pra cima em câmera lenta, pedindo pra alguem tentar pegar minha câmera pra não molhar e vi um homem se jogar na água. Depois a Djé se jogou para salvá-lo, pois ele tinha virado um feijão!
     Quando vi o feijão, ele tinha cara e falava. Seu nome era "Fernando e Sorocaba" mas ele representava um outro cantor de sertanejo que vi na propaganda algum dia mas não é essa dupla. E ele conversava numa boa apesar de ter virado feijão. A Djé era sua protetora e até chorava por isto ter acontecido. Achei uma boa chamar meu pai, que veio e examinou o feijão cuidadosamente atrás de um caminhão para fazer sombra. Me recomendou deixá-lo fechado em uma pasta de feijão, o que me parecia sufocante e perigoso.
     Quando fiz o que ele mandou, caiu a ficha de que nunca havia visto alguém virar feijão antes e comecei a achar isso uma palhaçada. Novamente meu pai me deu uma aula explicando que qualquer pessoa poderia virar feijão desde a época em que foi descoberta a teoria do heliocentrismo! Isso pareceu tão óbvio no momento... e então fiquei com medo de entrar em piscinas!
     Após certo tempo na pasta de feijão, ele deveria ficar de molho num copo d'água. Em algumas horas começou a criar a forma de um girino que nadava feliz no copo. Em mais longas horas virou um peixe muito estranho. Meu pai parecia preocupado e disse que o seu desenvolvimento estava muito devagar e talvez por isso não voltasse a ser humano! Era como um coma profundo, ele deveria viver o resto de sua vida no copo tentando evoluir, mas não passava mais da fase de peixe.
     Mas logo já não estava mais chocada, pois estava no shopping com minha namorada (?) que devia ser uma pessoa que gostava muito, pois era muito divertida, ríamos toda hora e andavamos de braços enganchados, e apesar de não termos citado nada sobre ser namoradas eu sabia disso.

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